Por Isabella De Andrade - Correio Braziliense
Grupos de artes cênicas levam teatro a um importante trabalho sociocultural em unidades de internação.
Democratizar a arte e permitir que a criação se expanda, seja discutida, produzida e apreciada por todo ser humano. São esses alguns dos princípios que norteiam o trabalho de grupos que se empenham em multiplicar espaços artísticos em lugares socialmente oprimidos, como unidades de internação para menores em conflito com a lei. Em Brasília, coletivos como a Estupenda Trupe e a cia. Burlesca mostram que o teatro pode alcançar grandes patamares de diálogo, servindo, até mesmo, como ferramenta para a liberdade.
O trabalho da Estupenda se constrói a partir da vontade de democratizar a experiência artística. Orientado pelos princípios do Teatro do Oprimido, de Augusto Boal, o grupo criou o projeto Tear — Troca de experiências artísticas e reinserção. A metodologia foi apresentada aos funcionários da unidade de internação de Planaltina e, a seguir, os encontros com os adolescentes internos passaram a ser semanais. A metodologia criada por Boal é estudada pelo grupo desde 2005.
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